Você sabe quais são os tipos de máscaras respiratórias?

A pandemia de COVID-19 trouxe uma certa novidade para a maioria das pessoas: o uso de máscaras respiratórias de proteção.

No entanto, as máscaras de proteção são utilizadas em muitas outras atividades como na área da saúde, em laboratórios de análises de compostos químicos, físicos e biológicos, na mineração, indústrias e em muitos outros locais.

Para cada uma dessas atividades existem um ou mais agentes potencialmente lesivos à saúde humana, com variados graus de periculosidades e incomodidades.

As máscaras respiratórias seguem o mesmo padrão, ou seja, cada modelo é recomendado para cada tipo de situação que a pessoa está submetida.

Mas, afinal, quais são os tipos de máscaras respiratórias?

De acordo com a ANVISA, existem três tipos de máscaras: proteção de uso não profissional, máscaras cirúrgicas e equipamentos de proteção respiratória.

A seguir, entenda quais são as diferenças e como cada uma se aplica na prática.

Leia a seguir:

Quais são os tipos de máscaras?

Máscaras de uso não profissional

Estas são as mais utilizadas no dia-a-dia pela população para o combate ao coronavírus. 

São produzidas com os mais variados tecidos e possuem como objetivo principal minimizar a propagação de agentes patógenos, funcionando como uma barreira física.

De acordo com uma recente pesquisa realizada pela Universidade de São Paulo (USP), a eficiência deste tipo de máscara é muito reduzida. As máscaras feitas com tecido de algodão, por exemplo, bloquearam apenas 40% dos possíveis vírus ou outros patógenos.

Máscaras cirúrgicas

Já as máscaras cirúrgicas tiveram uma eficiência de 89% na filtragem de partículas, conforme o mesmo estudo da USP.

Como o nome diz, estas máscaras são muito utilizadas na área da saúde e utilizam tecidos de uso médico-hospitalar, que acabam atuando como um elemento filtrante de gotículas de saliva e microrganismos.

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Equipamentos de proteção respiratória

As máscaras enquadradas neste tipo são consideradas como Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e também são conhecidas como respiradores. São produzidas e classificadas de acordo com a necessidade de seu uso.

Elas cobrem toda a região da boca e nariz, fazendo com que o ar externo seja filtrado, de acordo com os níveis de filtragem estabelecidos em cada modelo.

Existem três classificações para as máscaras de uso profissional (EPI), consideradas como Peças Semifaciais Filtrantes: PFF1, PFF2 e PFF3. Ainda existem alguns elementos que incrementam estes respiradores, como válvulas e carvão ativado.

Saiba, abaixo, o que é cada uma delas e quais os níveis de segurança envolvidos.

PFF1

Este tipo de respirador é o que possui a menor capacidade de filtragem do ar. Ele protege pelo menos 80%, ou seja, até 20% de ar contaminado com alguma partícula lesiva ou incômoda à saúde humana pode passar pela sua proteção.

Este tipo de máscara de proteção respiratória é recomendada para uso em ambientes com alto grau de poeira e névoas não oleosas no ar, como nas atividades de mineração, fábrica de têxteis, indústria alimentícia, marmorarias, serralherias, entre outros.

PFF2

As máscaras PFF2 acabaram ganhando repercussão ultimamente, pois são as indicadas pela ANVISA para uso em ambiente hospitalar para proteção contra o coronavírus, embora sejam utilizadas para proteção da maioria das doenças transmitidas pelo ar.

Algumas pessoas também utilizam este tipo de máscara quando necessitam estar em ambientes fechados com aglomeração por um período grande de tempo, como viagens aéreas.

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Estes respiradores conseguem filtrar no mínimo 94% dos aerossóis que possam conter agentes biológicos, como os vírus, bactérias e fungos. As máscaras PFF2 são mais conhecidas comercialmente como N95 e KN95.

Na prática, elas possuem as mesmas qualidades filtrantes. O que difere apenas é a classificação destes EPI’s pelos países: enquanto no Brasil e União Européia se classifica como PFF2, nos Estados Unidos estas máscaras são classificadas como N95 e na China KN95.

Máscara 9822 N95 PFF2 Reutilizável Sem Válvula 3M – Review – PreveOeste

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PFF3

Por fim, as máscaras PFF3 possuem o mais alto grau de proteção, filtrando no mínimo 99% das partículas em suspensão.

Respirador PFF3 Com Válvula Azul  GVS – Review – PreveOeste

As máscaras de proteção respiratória PFF3 são mais utilizadas quando se está exposto a algumas partículas específicas devido seu grau de lesividade e toxicidade, como o amianto.

Válvulas e carvão ativado

Como verificado, os equipamentos de proteção respiratória (ou máscaras PFF1, PFF2 e PFF3) já funcionam por si só como um elemento filtrante.

No entanto, é possível que estas máscaras sejam integradas com válvulas e carvão ativado.

As válvulas funcionam como um mecanismo para dar maior conforto ao usuário, pois ele funciona de modo que fecha a entrada de ar quando se respira e abre a válvula quando se expira, facilitando a respiração.

Respirador PFF2 N95 com Válvula GVS – Review – PreveOeste

No entanto, as máscaras com válvulas não são recomendadas em ambientes hospitalares pois o usuário estará protegido de fatores externos, mas poderá contaminar outras pessoas se estiver doente, uma vez que não há filtragem na expiração.

Já o carvão ativado é utilizado para minimização de incômodos com odores em ambientes onde haja a emissão de alguns tipos de vapores orgânicos.

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